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“Maio vermelho” alerta para a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento das hepatites

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Segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, as hepatites acarretam aproximadamente 1,4 milhão de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada. Para alertar sobre prevenção, diagnóstico precoce e o tratamento, o mês de maio é conhecido como “Maio Vermelho”, que se trata de uma série de ações de conscientização sobre a doença.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios; álcool e outras drogas; acidentes ocupacionais; doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Por ser uma doença silenciosa, muitos não sabem que estão com o vírus da hepatite.

A transmissão das hepatites tipo A e E pode ser fecal-oral, sendo relacionadas a qualidade da água, saneamento básico, alimentos contaminados, etc. Já a transmissão das hepatites tipo B e C estão relacionadas às questões sexuais e sanguíneas, esta última por meio de objetos perfurocortantes como agulhas e alicates.

Rogério Soares Castro, hepatologista e gastroenterologista do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA/Ebserh), ressaltou que a hepatite tem cura, inclusive para o tipo C. “A medicina dispõe de um tratamento medicamentoso muito eficaz que chega a curar o paciente na grande maioria dos casos”, anunciou.

Prevenção

Atualmente, há apenas disponibilidade de vacinas para a prevenção contra as hepatites A e B (em até 4 doses) que podem ser tomadas a partir dos 12 meses de idade, em qualquer Unidade Básica de Saúde de forma gratuita.  Ainda não existem vacinas que confiram proteção contra a hepatite C, D e E, o que faz necessário um controle adequado na cadeia de transmissão no local de origem e na comunidade, além de grupos vulneráveis.

Transplante hepático

Rogério Soares Castro, explica que o transplante de fígado é a última alternativa para que os pacientes voltem a ter uma vida normal.  “Ele é indicado para casos graves como: cirroses hepáticas, câncer no fígado, complicações da doença hepática e aqueles cujos tratamentos anteriores não surtirem efeito desejado”, exemplificou.

Saiba como ser atendido em alguns dos hospitais da rede Ebserh:

Hospital Universitário Júlio Bandeira da Universidade Federal de Campina Grande (HUJB-UFCG)Para ser atendido no ambulatório de Infectologia do HUJB, é necessário ser regulado pela Central de Regulação do Município de Cajazeiras, na Paraíba, através de encaminhamento médico. O médico infectologista realiza o diagnóstico e acompanha o tratamento dos portadores das diversas hepatites no ambulatório, e caso seja necessário, é redirecionado para outros serviços mais especializados da região.

Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA): Existe um ambulatório especializado chamado Núcleo do Fígado. É tipo porta aberta, no qual o paciente que dispor de encaminhamento prévio, pode procurar o serviço no horário das 8h às 17h, onde é feita uma triagem com a Enfermagem e demais encaminhamentos são feitos de acordo com cada caso. É preciso ressaltar que o HU-UFMA realiza transplante de fígado.

Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC): Para ser atendido no Ambulatório de Hepatologia do HUWC-UFC, é necessário ser regulado pela Central de Regulação do Município de Fortaleza, no Ceará, através de encaminhamento médico especializado. O hospital realiza em média 460 consultas mensais de pacientes com hepatite.