Na última sessão da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Otelino Neto protagonizou um verdadeiro espetáculo ao utilizar a tribuna para criticar a exoneração do vice-governador Felipe Camarão do cargo de Secretário de Educação do estado. Em um ataque sem precedentes, Otelino acusou o governador Carlos Brandão de perseguição política, gerando um clima de tensão e polarização no plenário.
Otelino, conhecido por suas jogadas políticas, não poupou palavras ao tentar transformar um ato administrativo do governador em um circo político, sugerindo que a exoneração de Camarão foi movida por interesses mesquinhos e perseguições internas. Seu discurso inflamado, no entanto, pareceu mais uma tentativa desesperada de criar uma narrativa de vitimização em torno de Camarão, jogando gasolina na fogueira da já acirrada disputa política no estado.
Mas o que Otelino não esperava era a resposta ácida e cirúrgica da deputada estadual Mical Damasceno. Em um discurso conciso e contundente, Mical desmascarou a verdadeira intenção de Otelino, lembrando a todos que a exoneração ou nomeação de secretários é uma prerrogativa exclusiva do governador. “O cargo de secretário é técnico e de confiança. Não deve ser utilizado como palco para shows políticos e disputas partidárias”, disparou Mical, arrancando aplausos de seus colegas.
Ela ainda foi além, criticando duramente Otelino por tentar manipular a situação para ganho político próprio, em vez de focar nas verdadeiras necessidades do povo maranhense. Segundo Mical, a atitude de Otelino demonstra um total desrespeito às regras democráticas e à autonomia do governador em gerir sua equipe, destacando que a política do Maranhão não pode ser refém de vaidades e interesses pessoais.
O embate entre Otelino e Mical deixou claro que o palco da Assembleia Legislativa não pode ser usado para manobras políticas rasteiras. Enquanto Otelino tenta transformar o cenário em um ringue político, Mical reafirma a importância de se manter o foco no bem-estar da população e na responsabilidade que cada parlamentar deve ter ao usar a tribuna.
O episódio expõe uma crise interna na política maranhense, onde até mesmo os aliados do governo não hesitam em atacar a gestão para fortalecer suas posições partidárias.