Inaugurado em 1919 e com capacidade de 1300 pessoas, quase o dobro do Teatro Arthur Azevedo (que tem 750 lugares), o prédio Cine Éden que até a última semana abrigava as Lojas Marisa na Rua Grande, pode voltar as suas origens e abrigar a Escola Municipal de Cinema, pelo menos essa é a ideia do pré-candidato a prefeito de São Luís, Diogo Gualhardo Neves (NOVO).
“Soube hoje (quarta-feira, 19 de julho) que a loja Marisa na rua Grande fechou. É uma pena, mas essa pode ser a oportunidade para a realização de minha proposta no último pleito a vereador por São Luís: transformar esse bonito edifício do antigo Cine Éden na Escola Municipal de Cinema 🎥 em parceria com o setor privado. O prédio é centenário e até a década de 1980 foi um dos principais cinemas da capital maranhense”, declarou Diogo Gualhardo em uma postagem na sua página oficial do Instagram.
O Cine Éden foi um cine-teatro suntuoso, cuja fachada se encontra preservada e mantem as características originais, inclusive o nome do espaço em auto-relevo.
O Cine Teatro Éden era de propriedade da Empresa Teatral Cinematográfica e foi inaugurado em 19 de abril de 1919 e funcionou até 1984, quando tinha como seu proprietário o empresário Moisés Tajra. Durante os 65 anos em que esteve em funcionamento, o Cine Éden exibia os principais lançamentos de Hollywood e de outras produtoras cinematográficas do mundo inteiro. Até o início dos anos 60, em São Luís não haviam canais de televisão, o principal entretenimento da população era o cinema e o Cine Éden era uma das principais salas da capital, onde exibiam-se os maiores sucessos cinematográficos.
Atualmente tem apenas um descendente vivo de Moisés Tajra, trata-se da sua filha, a ex-socialite Lurdinha Tajra que foi casada com o jornalista Gerd Pluefger, já falecido. Lurdinha está com a idade muito avançada e acometida do mal de Alzheimer em estado muito avançado, internada no Asilo de Mendicidade, no São Francisco, instituição mantida pela Loja Maçônica Renascença.
O prédio do Cine Éden agora vai fazer parte da massa falida da Loja Marisa que está em processo de recuperação judicial e fechou quase 90 lojas em todo o país. Mas a depender do interesse do poder público, o local pode voltar aos seus tempos áureos e oferecer um ensino que falta hoje em São Luís.