O município de Palmeirândia, na Baixada Maranhense, está no centro de uma auditoria em andamento conduzida pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA). A ação faz parte do Plano Bienal de Fiscalização 2024–2025 e tem como foco a infraestrutura de saúde — mas o que era para ser uma vistoria técnica pode se transformar em um dos maiores escândalos da atual gestão.
O prefeito Edilson da Alvorada, do PL (Partido Liberal), já foi alvo de críticas por má gestão, inclusive com as contas do exercício de 2021 reprovadas pelo próprio TCE, que apontou irregularidades e déficit milionário. Agora, com a auditoria em andamento, cresce o temor de que novas revelações venham à tona, envolvendo descaso, má aplicação de recursos públicos e possível negligência com a saúde da população. Auditores do TCE estão visitando unidades de saúde, verificando a estrutura física, documentação e o cumprimento das obrigações constitucionais. Informações obtidas por nossa equipe indicam que as primeiras observações técnicas apontam falhas graves, mas o relatório final ainda está em elaboração. Enquanto isso, ganha repercussão a construção de uma mansão milionária em Pinheiro atribuída ao próprio prefeito, o que causa indignação entre os moradores de Palmeirândia. A cidade enfrenta sérias deficiências na saúde, com postos funcionando de forma precária, sem estrutura, medicamentos ou pessoal suficiente, enquanto o chefe do Executivo parece priorizar seu conforto pessoal em outra cidade. A população tem feito apelos por mudança e transparência. Caso a auditoria comprove as suspeitas, o caso poderá ser encaminhado ao Ministério Público, com abertura de procedimentos por improbidade administrativa e possíveis ações judiciais. O futuro político de Edilson da Alvorada pode estar por um fio, dependendo do conteúdo desse relatório.
A auditoria ainda está em curso, mas a expectativa é que seu desfecho tenha força suficiente para abalar as estruturas da gestão municipal e mobilizar o clamor popular por justiça.