O Ministério Público do Maranhão (MPMA) abriu novas frentes de investigação para apurar possíveis irregularidades administrativas nos municípios de Buriticupu e Bom Jesus das Selvas. As medidas constam na edição nº 193/2025 do Diário Eletrônico do órgão, publicada em 13 de outubro, e foram assinadas por promotores de Justiça que atuam nas duas cidades.
Em Buriticupu, o promotor de Justiça Felipe Augusto Rotondo, titular da 1ª Promotoria de Justiça, instaurou um procedimento preparatório para investigar denúncias relacionadas a servidores fantasmas e à ausência de controle de ponto na administração pública municipal. O caso envolve Ricardo Ferreira Neres e Sérgio Ferreira Neres, ligados à Secretaria Municipal de Esportes, que teriam sido flagrados trabalhando em seu próprio comércio particular durante o horário de expediente público.
O Ministério Público também apura indícios de falhas na gestão de recursos humanos e eventuais fraquezas no controle administrativo da prefeitura. De acordo com o documento, parte de uma investigação anterior foi arquivada, mas novas diligências foram determinadas diante de elementos adicionais que apontam possível acúmulo irregular de cargos e descumprimento da jornada funcional.
Já em Bom Jesus das Selvas, a promotoria local recebeu denúncia sobre nepotismo no quadro de servidores da prefeitura. Após análise preliminar, o Ministério Público decidiu indeferir a instauração de procedimento investigatório, por falta de provas que comprovassem a existência de vínculo de parentesco entre os agentes públicos citados e autoridades municipais. Mesmo assim, o MP recomendou que o município mantenha a transparência nas contratações e observe as regras constitucionais que vedam o favorecimento de parentes em cargos comissionados.
As apurações em Buriticupu seguem em andamento, com a coleta de informações complementares e a possibilidade de instauração de inquérito civil caso sejam confirmados indícios de improbidade administrativa. O Ministério Público reforça que continuará acompanhando de perto o caso para garantir o correto uso dos recursos públicos e a moralidade administrativa.