A Justiça Federal condenou o ex-prefeito do município de Turilândia por atos de improbidade administrativa cometidos durante sua gestão. O ex-gestor foi responsabilizado por desvios milionários de recursos públicos destinados à educação, saúde e assistência social, provocando um rombo superior a R$ 2 milhões nos cofres municipais. A decisão inclui sanções severas como suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar com o poder público e devolução integral dos valores desviados.
A condenação é resultado de uma investigação detalhada que revelou a prática de fraudes em licitações, contratos irregulares com empresas de fachada e utilização indevida de verbas do antigo Fundef. Esses recursos, que deveriam ser aplicados exclusivamente na melhoria do ensino fundamental, foram usados para pagar despesas que não tinham relação com a finalidade educacional, como multas, juros e serviços sem comprovação.
Também foram identificadas obras públicas abandonadas e contratos pagos por serviços não executados, como construções escolares inacabadas e creches que nunca saíram do papel. A omissão no pagamento de contribuições previdenciárias de servidores da educação também foi apontada como uma das irregularidades graves.
Além do ex-prefeito, um empresário envolvido no esquema foi igualmente condenado. Ambos foram penalizados com multa, perda de direitos políticos por cinco anos e bloqueio de bens para garantir a restituição ao erário. A Justiça reconheceu que houve enriquecimento ilícito, dano ao patrimônio público e violação dos princípios da administração pública.
A sentença representa um duro golpe contra a corrupção no interior do Maranhão e serve como alerta para gestores que utilizam cargos públicos em benefício próprio. Com o andamento do processo em fase de execução, o ex-prefeito ainda poderá recorrer da decisão, mas já responde como responsável por um dos maiores escândalos de desvio de verbas em Turilândia.