Um dos defensores da agricultura familiar na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Carlos Lula (PSB) destacou a importância das políticas de incentivo ao setor, durante participação na 1ª Feira Maranhense da Agricultura Familiar (Femaf). O evento aconteceu até sábado (9), na Lagoa da Jansen, em São Luís
“Temos que pensar na agricultura familiar não apenas como um espaço para o homem do campo, mas como uma engrenagem decisiva para a economia o Maranhão. Somos um estado que tem boa parte da população ainda na zona rural e que depende da agricultura familiar, e ela é responsável pela comida que nós temos na mesa. Então, temos que pensar como melhorar as condições desse homem do campo para que ele tenha condições de escoar essa produção e ter dignidade”, pontuou Carlos Lula.
Opinião compartilhada pelo pequeno agricultor Ivanildo Campos Silva, do Quilombo Sossego, em Penalva. “Precisamos muito de assistência técnica para poder aumentar a nossa produtividade. Hoje, a nossa maior dificuldade é a questão do acesso ao crédito e, por isso, as políticas públicas voltadas para nós são extremamente importantes”, disse.
“Nós, pequenos agricultores, precisamos de incentivo, pois diariamente passamos por dificuldades, principalmente, relacionadas à garantia da nossa terra e para escoar as nossas produções”, afirmou Emanuel Barbosa.
Fortalecimento
Durante o evento, realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) e dedicado ao fortalecimento do setor, foi lançado o Programa Sertão Vivo, que no Nordeste recebe o nome “Manoel da Conceição: Sertão Vivo, Terra Nossa”. A iniciativa conta com o investimento de R$ 150 milhões em benefício de 38 mil famílias de agricultores familiares de 46 municípios maranhenses.
A SAF ainda garantiu a destinação de R$ 2 milhões para a execução do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Indígena, além de R$ 3 milhões em investimentos para o PAA Quilombola, e a apresentação e lançamento da adesão ao Sistema de Informação Regional da Agricultura Familiar (Siraf).
“Mais de 70% do alimento que vai para a mesa de nós, maranhenses, vem da agricultura familiar, é o arroz, o feijão, a farinha, tudo isso vem da agricultura familiar. Então, é fundamental que a gente valorize esse segmento. E a feira cumpre exatamente esse papel, de dar visibilidade a um povo que trabalha e vive dessa atividade e que muitas vezes é esquecido. A partir de agora, a agricultura familiar tem política pública organizada”, pontuou o secretário estadual de Agricultura Familiar, Bira do Pindaré.