Após a eleição de 2020, o então governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), admitiu que foi um erro incentivar tantas candidaturas para a disputa de prefeito de São Luís. No total foram seis – Duarte, Neto Evangelista, Rubens Júnior, Bira do Pindaré, Jeisael Marx e Yglesio. Mas para 2024, ele já conversa com aliados e admite que a estratégia tem que ser mantida, porém de forma diferente, afinal ele tem a consciência e concorda com as pesquisas que Eduardo Braide (PSD) é favorito para garantir a reeleição.
Entendedor dessa situação, Flávio Dino tem Duarte como o favorito para tentar derrotar Eduardo Braide, mas também entende, que sozinho, o deputado federal não vai conseguir esse feito. Portanto, ele vem recebendo todos os políticos do seu campo político que pretendem concorrer ao cargo em 2024 e não fecha as portas.
Paulo Victor (PCdoB) e Carlos Lula (PSB), estão nessa relação dos que já conversaram com Flávio Dino, e ambos afirmam que não ouviram veto algum às suas pré-candidaturas.
Mas se foi um erro em 2020, por qual motivo repetir a estratégia em 2024?
Flávio Dino acredita que em 2020 como o cenário estava completamente aberto, qualquer um candidato do seu campo político poderia chegar ao segundo turno e nessa condição encontraria a unidade para vencer. Mas não foi o que acontece, o 1º turno foi marcado por duros embates entre Duarte contra Neto Evangelista, Rubens Júnior e Yglesio, que resultou na cisão do grupo. No 2º turno, apenas o filho de Rubão seguiu com Duarte.
Para 2024, Flávio Dino acredita que as candidaturas se movimentando de forma harmônica e respeitando o resultado do que chegar ao 2º turno, todos se unam para tentar derrotar Eduardo Braide.
Inclusive nomes de oposição a Flávio Dino, podem também ser estimulados a concorrer mais uma vez, que é o caso de Wellington do Curso (PSC), Yglesio Moyses (PSB) e Mical Damasceno (PSD). Os três são conhecidos por uma identificação maior com eleitorado bolsonarista, sendo assim, eles teriam possibilidade de tirar votos de Eduardo Braide.
No entanto, aliados de Flávio Dino admitem também que os três são políticos incontroláveis e o efeito desejado, pode acabar saindo não da forma esperada.
A verdade é que mais uma vez, o eleitorado de São Luís, deve acabar tendo mais de dez opções de voto para prefeito em São Luís, pois ainda vão se somar a esse grupo, nomes da ultraesquerda do PSTU, PSOL e PCB, assim como um nanico da ultradireita que pode vir do PRTB, DC, Agir etc.